Às vezes é feio, mas tá na moda! Potência e limites do giro decolonial
Palabras clave:
Giro decolonial, Eurocentrismo, Raça, Colonialidade, EpistemologiaResumen
Partindo de uma problematização dos interesses em jogo em usos recentes do repertório decolonial, procuramos expor as potências das primeiras formulações decoloniais, descrever as contribuições que lhes foram agregadas posteriormente e apresentar suas fragilidades. Para isso, apresentamos suas duas principais bases: a crítica ao eurocentrismo, particularmente direcionada à difusão do conhecimento, e o debate sobre a “raça” como estruturante de dimensões político-econômico-culturais, teorizada no conceito de colonialidade do poder. Depois, destacamos algumas das perspectivas que adicionam novos entendimentos ao conceito de colonialidade e apontamos contradições do giro decolonial. Finalizamos pleiteando o resgate da potência dessa abordagem a partir da exposição de seus limites, com vistas à sua tradução ao Brasil e para além dos modismos.