Memória e conflitos urbanos: Florianópolis para quem?
Palavras-chave:
Memória urbana, Indígenas, Espaço públicoResumo
A preocupação neste texto é esboçar algumas considerações sobre a memória urbana e sua permanente construção, sob a ótica da busca por um pensamento único. Partindo do pressuposto de que o produto do desenvolvimento de uma soberania cultural é a desigualdade cívica, ao pensarmos a cidade de Florianópolis, percebe-se a dessemelhança entre a imagem luso-açoriana que a cidade vende, e o espaço heterogêneo e multicultural que é vivido diariamente nas vias pedonais do Centro Histórico. Entre o capital e o social, a tradição e a ressignificação, um olhar sobre a presença indígena durante a venda de artesanato, realça os contrastes entre memória, identidade e a sociabilidade no espaço público, exigindo o questionamento desta memória que se constrói sob pilares de exclusão.