A América Latina como “ilha”: um projeto utópico libertário

Autores

  • Cláudia Tolentino Gonçalves Felipe Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Anarquismo, Universalismo, América Latina, Utopia

Resumo

Concebido como contribuição ao dossiê “Latinoamérica: você está aqui!”, proposto pela revista V!RUS, este artigo aborda um projeto político-cultural formulado por anarquistas latino-americanos na década de 1950. Sua proposta, em termos gerais, visava a reconfiguração libertária das fronteiras políticas, sociais, geográficas e econômicas do continente. Compreendendo o anarquismo como um movimento internacionalista, analisamos, em um primeiro momento, a organização de encontros e conferências que tinham como propósito o fortalecimento de um movimento universalista capaz de agregar diferentes povos em torno de uma mesma finalidade: a edificação da utopia libertária. Em seguida, buscamos compreender um caso específico, envolvendo a proposição de uma sociedade latino-americana realizada na Conferência Anarquista Americana de Montevidéu (1957). Essa conferência contou com a participação de representantes do anarquismo provenientes de vários países do continente americano e teve como pauta principal a necessidade de integração dos países da América em uma única “ilha”, na qual fronteiras políticas, sociais, geográficas ou econômicas seriam abolidas em prol da consolidação de uma sociedade federalista libertária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudia Tolentino Gonçalves Felipe, Universidade Estadual de Campinas

Tem graduação em História, é doutora em História e pós-doutoranda na área de Ciências Humanas. Atualmente, é pesquisadora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, onde pesquisa a produção artística de John Cage e Hélio Oiticica no pós-Segunda Guerra. 

Publicado

17-07-2021