Dinâmicas urbanas intergeracionais: territorialidade e COVID-19

Autores

  • Thais Debli Libardoni Universidade Federal de Pelotas
  • Lígia Maria Ávila Chiarelli Universidade Federal de Pelotas

Palavras-chave:

América Latina, Dinâmica urbana, Pandemia COVID-19, Relações ambiente-comportamento, Territórios etários

Resumo

O contexto da pandemia de COVID-19 demanda cidades seguras e inclusivas para retomar a coesão comunitária e o contato intergeracional, enfraquecidos pelo distanciamento social. Nesse processo, espaços urbanos, que são fonte social para jovens e idosos, perdem heterogeneidade devido ao acesso diferencial. Buscando produzir recomendações projetuais para espaços intergeracionais possivelmente adaptáveis ao contexto pandêmico na América Latina, realizou-se uma análise da ação de elementos territoriais na permeabilidade de microterritórios etários. Um estudo de caso conduziu o mapeamento comportamental em áreas de apropriação e rejeição dos grupos, gerando recomendações sobre contato visual; ambiências diferenciadas; camadas temporais; uso potencial; separação fluxo/permanência e diversidade de atividades. Tais recomendações num contexto latino-americano buscam processos endógenos de intervenção, apoiados na teoria e práxis urbana. Elas exploram o potencial atrator dos territórios na dinâmica urbana intergeracional, seguindo diretrizes de distanciamento social. Destaca-se que territórios devem ser considerados em conjunto, num contexto fragmentado pelas especificidades etárias, porém conexo e permeável pelas semelhanças intergeracionais. O cenário demanda uma maior coordenação de ações nos países da América Latina, promovendo conexões físicas e visuais em estruturas urbanas fragmentadas.

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Biografia do Autor

Thais Debli Libardoni, Universidade Federal de Pelotas

É arquiteta e urbanista e mestra em Arquitetura e Urbanismo. Atualmente, é pesquisadora colaboradora do Laboratório de Estudos Comportamentais da Universidade Federal de Pelotas (LABCom/UFPel), onde investiga as relações ambiente-comportamento na promoção de cidades mais sustentáveis e saudáveis para o envelhecimento.

Lígia Maria Ávila Chiarelli, Universidade Federal de Pelotas

É arquiteta e doutora em História. É professora aposentada da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da mesma universidade. Orienta pesquisas sobre a percepção do ambiente pelo usuário, cidades amigas da idade, habitação social e gênero, e feminismo. É pesquisadora do projeto PlaceAge, parceria entre Reino Unido, Índia e Brasil, sobre idosos e o senso de lugar.

Publicado

17-07-2021