Baugruppen: o modelo alemão de cohousing e suas variáveis constitutivas

Autores

Palavras-chave:

Baugruppen, Alemanha, Neoliberalismo, Habitação contemporânea, Construção da informação

Resumo

Este artigo propõe-se a discutir quais são as variáveis constitutivas que compõem a mobilização habitacional intitulada Baugruppen (Grupos de Construir), na Alemanha. A ideia consiste em analisar três variáveis fundamentais que estão presentes nos Baugruppen, incluindo a social; a financeira e a organizacional – por meio de websites; e, a estatal, sob a luz da compreensão do neoliberalismo que mercantiliza e gera a financeirização do habitar, lógica esta que gera crises e se retroalimenta das mesmas. O objetivo dos Baugruppen é o de suprimir a existência de um agente que lucre com a construção da habitação, como é o caso das construtoras e incorporadoras, e assim diminuir o preço das moradias em 25% a 35% do valor do mercado tradicional. Porém, é de suma importância que se compreenda que essa é uma mobilização habitacional que só se desenvolve e consegue se propagar por meio dos websites especializados e da construção da informação na Internet. A expectativa é a de poder compreender melhor como funcionam as partes interessadas dessa mobilização e quais são as perspectivas futuras para esse modo de se pensar habitação e cidade.

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Biografia do Autor

Anie Figueira, Universidade Federal da Bahia

é Arquiteta e Urbanista e Mestre em Projeto de Planejamento Edilício, e Especialista em Reabilitação Arquitetônica Urbana e Sustentável. É pesquisadora do grupo de pesquisa "Projeto, Planejamento e Paisagem", da Universidade Nacional de Brasília, vinculado ao grupo Labeurbe, da mesma universidade, e ao grupo de pesquisa "Cronologia do Pensamento Urbanístico", da Universidade Federal da Bahia.

Ricardo Trevisan, Universidade Nacional de Brasília

é Arquiteto e Urbanista e Doutor em Arquitetura e Urbanismo, com Pós-doutorado na Columbia University . É Professor Associado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nacional de Brasília, onde é pesquisador dos grupos de pesquisa “Paisagem, Projeto e Planejamento - Labeurbe” e “Arquitetura e Urbanismo da Região de Brasília”. Coordenador local do projeto “Cronologia do Pensamento Urbanístico”, com o projeto “Cidades Novas: Pensar por Atlas”.

Publicado

13-12-2019