Interfaces Maliciosas: estratégias de coleta de dados pessoais em aplicativos
Palavras-chave:
Dark patterns, Aplicativos, Privacidade, SalvadorResumo
O artigo analisa as interfaces maliciosas (IM) presentes em 10 aplicativos usados pela municipalidade de Salvador para a coleta de dados pessoais. Tais aplicativos atuam na construção e experiência da cidade contemporânea, mediando diferentes aspectos da vida social urbana. Essa nova dimensão informacional da cidade, por sua vez, impõe desafios à manutenção da privacidade do cidadão ao fomentar a maximização da produção e coleta de dados pessoais sensíveis. A partir de uma escala de gravidade (EG), as interfaces foram avaliadas com o intuito de identificar os tipos de IM presentes e os graus de ameaça à privacidade dos usuários. Constata-se que todos os aplicativos analisados têm IM, sendo majoritário o nível 1 (leve), demonstrando tendência a sua naturalização. Essas IM fazem parte da expansão da plataformização da sociedade, do processo de dataficação e do agenciamento performativo dos algoritmos (PDPA).