Os diálogos (geométricos) que Gehry estabelece com a cidade de Bilbao

Autores

  • Luciana Sandrini Rocha Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense
  • Adriane Borda Almeida da Silva Universidade Federal de Pelotas

Palavras-chave:

Museu Guggenheim, Frank Gehry, Forma arquitetônica, Geometria Fractal, Ensino de projeto

Resumo

A forma do Museu Guggenheim de Bilbao é aqui problematizada pelo interesse didático em investigar as estratégias projetuais utilizadas por Frank Gehry para reconfigurar o tecido e a paisagem urbana ali envolvidos. São escassos os discursos sobre o projeto, acompanhados de razões objetivas e apoiados em sua decomposição formal. Entende-se a conveniência desta complementação, frente ao seu potencial como referência junto aos processos formativos de arquitetura. Constituiu-se a hipótese de que a forma do edifício advém de um repertório reduzido de fragmentos formais deste tecido e paisagem configurados tanto por regras compositivas clássicas como próprias da geometria fractal. Esta leitura, construída por meio de traçados sobrepostos às imagens fotográficas e técnicas da obra e de seu entorno imediato e pelo conceito de dimensão fractal, facilitou identificar um rigoroso controle formal, que parte da regulação de suas representações tanto em projeção ortográfica, mantendo proporções, paralelismos e convergências; como em perspectiva, explorando concordâncias logradas por efeitos anamórficos. Demonstra-se assim a aplicação de um método, de abordagem geométrica, que facilita a construção de hipóteses sobre estratégias projetuais. Neste caso, as de Gehry para dialogar com um tecido urbano específico: por meio de ações recursivas, valendo-se de transformações topológicas, em seu sentido matemático, sobre o vocabulário formal do próprio lugar, ações hoje facilitadas pelos meios digitais de representação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciana Sandrini Rocha, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense

É arquiteta e urbanista, Mestre em Geografia. Professora do Curso Técnico de Edificações, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense. Estuda representação gráfica, projetos de edificações, materiais de construção e gestão ambiental integrada.

Adriane Borda Almeida da Silva, Universidade Federal de Pelotas

É arquiteta e urbanista, Doutora em Filosofia e Ciências da Educação. Professora Associada da Universidade Federal de Pelotas. Estuda representação gráfica digital, modelagem geométrica e visual, transposição didática e educação a distância.

Publicado

01-07-2017