Mutações metropolitanas: estruturas viárias como lugar de apropriação, reinvenção e uso na cidade contemporânea

Autores

  • Luísa Gonçalves Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

Estruturas viárias, Infraestrutura, Metrópole, Cidade contemporânea, Espaço público

Resumo

Este trabalho analisa estruturas viárias urbanas que sofreram transformações que resultaram em apropriações a parte do que lhes foi originalmente designado, com foco em três viadutos. Subversão de usos, incorporação de estruturas arquitetônicas a contextos existentes e múltiplas relações de fluxos e permanências, contribuem para que a metrópole contemporânea ofereça uma experiência estética particular. A possibilidade de enfrentar-se ao desconhecido e tomar posse de um espaço comum resgata a noção de cidade enquanto um lugar de trocas, de liberdade e de imprevisibilidade. São discutidos os conceitos de heterotopia e terrain vague na abordagem de espaços intersticiais, dos “não-lugares” e infraestruturas em relação ao contexto metropolitano. Os projetos destacados estão locados em três contextos distintos: a High Line, em Nova York, o Eichbaum Oper, em Munique, e o viaduto de Madureira, no Rio de Janeiro. Em tempos difíceis, são sinais da potência de intervenções simples mas precisas, e da relação entre a organização popular local e dos projetos implantados. Em comum possuem a situação inicial de espaço intersticial e as intervenções que os transformaram em espaços de uso coletivo, com uma relação intensa e particular entre o público e o espaço urbano.

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Biografia do Autor

Luísa Gonçalves, Universidade de São Paulo (USP)

É Mestre em Teoria, História e Crítica de Arquitetura, pesquisadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Estuda a relação entre arquitetura, cidade, espaço público e infraestrutura; espaços de uso coletivo na metrópole de São Paulo.

Publicado

10-12-2016