As hortas urbanas comunitárias do Campeche: metodologia do discurso do sujeito coletivo

Autores

  • Júlia Teixeira Lahm Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Soraya Nór Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Palavras-chave:

Hortas urbanas comunitárias, Discurso do sujeito coletivo (DSC), Pesquisa de opinião, Florianópolis

Resumo

Este artigo, que faz parte da pesquisa em desenvolvimento, intitulada “Hortas urbanas: uma alternativa para a sustentabilidade e a transformação da paisagem urbana”, é resultado de uma pesquisa piloto realizada com a comunidade frequentadora das Hortas Urbanas Comunitárias existentes no bairro Campeche na cidade de Florianópolis – SC, com o objetivo de identificar os principais benefícios, as principais dificuldades, o público frequentador predominante e a percepção geral que estes frequentadores têm das Hortas Urbanas Comunitárias. Acredita-se que a avaliação destes espaços comunitários, por seus próprios frequentadores e mantenedores, é de grande valia, pois, assim, se poderá identificar e compreender como está o processo, o que está sendo feito e quais as mudanças necessárias para a melhoria do movimento como um todo. A pesquisa de abordagem qualitativa envolveu a realização de 10 entrevistas com questões abertas com participantes, alguns bastante ativos e outros menos ativos, das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche. A metodologia aplicada para fazer as análises dos resultados das entrevistas foi o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), método através do qual se retiram as Expressões-Chaves, Ideias Centrais e/ou Ancoragens semelhantes e após isso é construído um único discurso para todo o coletivo que respondeu a entrevista. Sendo assim, de modo geral a percepção dos entrevistados foi bastante heterogênea, todos concordam que as Hortas Urbanas Comunitárias estão muito mais ligadas à integração – com a comunidade, com a natureza e consigo mesmo – do que com a subsistência na produção de alimentos e que os demais benefícios, que não são poucos, segundo citam os próprios entrevistados, são consequência dessa integração que o contato com a natureza e com as origens resgata.

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Biografia do Autor

Júlia Teixeira Lahm, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

É pesquisadora do grupo Análise Ambiental e Permacultura, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Estuda permacultura e bioconstrução.

Soraya Nór, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

É Doutora em Geografia, Professora do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), membro do grupo de pesquisa Análise Ambiental e Permacultura. Estuda urbanismo, patrimônio cultural, meio ambiente e permacultura.

Publicado

10-12-2016