Le Corbusier encontra a marreta: corpo, espaço e modernidade no filme O Homem ao lado

Autores

  • Denise Sales Vieira
  • Ana Elisabete de Almeida Medeiros

Palavras-chave:

Modernos radicais, Arquitetura Modernista, Corpo, Cinema

Resumo

A elaboração deste artigo parte de uma leitura do filme argentino O Homem ao lado (2009), cuja narrativa se desenrola em um espaço icônico da arquitetura modernista: a Casa Curutchet, único projeto residencial de Le Corbusier construído na América Latina. O enredo do filme gira em torno de um conflito muito comum entre vizinhos: a abertura de uma janela no muro que divide as duas casas. A partir dessa querela, desenrola-se uma trama onde Leonardo, o morador da casa de Le Corbusier, tenta de todas as formas impedir que o vizinho Victor – um homem de hábitos e personalidade opostos aos seus – abra a dita janela; Victor, por sua vez, vai fazer o possível para conseguir um pouco da luz que Leonardo tem sobrando. A partir desse duelo, que toma os contornos caricaturais da comédia dramática, assim como da análise do processo projetual para a concepção da casa, pretende-se explorar as relações entre a obra do moderno radical Le Corbusier, sua concepção de máquina de habitar e o corpo que a ocupa.

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Biografia do Autor

Denise Sales Vieira

É pesquisadora no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasilia, UnB. Estuda as relações entre corpo feminino, cidade e representação no cinema.

Ana Elisabete de Almeida Medeiros

É Doutora em Sociologia e Professora Adjunta da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, UnB, onde coordena o Laboratório de Estudos da Urbe (LabEUrbe). Estuda patrimônio cultural, projeto urbano, identidade, memória, desenvolvimento local, espaço e habitação.

Publicado

01-07-2016