Sobre instrumentos para a ação direta na produção do espaço

Autores

  • Lígia Milagres

Palavras-chave:

produção do espaço urbano, grupos de moradores, ação direta, auto-organização

Resumo

Este artigo discute a possibilidade de ação direta e auto-organizada de grupos de moradores urbanos nas decisões da produção do espaço microlocal. Para tanto, parte-se da problematização feita por Marcelo Lopes de Souza (2006 e 2012) acerca dos limites da relação entre movimentos sociais urbanos e Estado e do potencial da atuação proativa da sociedade civil no planejamento e na gestão do espaço junto com o Estado, apesar do Estado e contra o Estado. O artigo desenvolve, ainda que experimentalmente, um argumento em favor da atuação dos movimentos contra o Estado, a partir da discussão do caso de um grupo de moradores de uma favela em Belo Horizonte e dos apontamentos críticos de autores anarquistas acerca da estrutura do Estado. A partir da noção de interface (ANA PAULA BALTAZAR, 2007, 2012, 2013; ANA PAULA BALTAZAR E SILKE KAPP, 2006, 2009), o artigo conclui apontando alguns elementos que contribuiriam para a formulação de alternativas aos instrumentos conduzidos pelo o Estado, favorecendo a auto-organização e a experiência da autonomia por parte de grupos de moradores.

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Biografia do Autor

Lígia Milagres

É arquiteta pela UFMG (2008), mestre pelo Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG (2011) e doutoranda na mesma instituição. Investiga a auto-organização e o poder de decisão de grupos de moradores na produção do espaço urbano. Seus focos de interesse são: planejamento e gestão na escala microlocal, iniciativas coletivas e organizações autônomas.

Publicado

10-12-2013