O diagrama como máquina abstrata

Autores

  • Georges Teyssot Laval University’s School of Architecture

Palavras-chave:

Diagrama, design, meios digitais

Resumo

Seja em gráfico ou tabela, o diagrama arquitetural é hoje, onipresente. Como a inscrição gráfica de abstração no espaço, desde 1990, a noção de diagrama tem sido tão estendida, que abarca cada aspecto do design. Ao pensar no diagrama como uma arquitetura de ideias, (ou, mais classicamente, a ideia de arquitetura), significa estar, ainda, assentado em algumas espécies de concepções platônicas (GARCIA, 2010). Para evitar esta armadilha, um primeiro passo seria voltar-se para a noção de Gilles Deleuze sobre o diagrama como um mapa abstrato, e expor como o modelo adquire seu significado, especialmente quando confrontado com paradigmas biológicos. Tal entendimento pode levar a uma melhor compreensão da atual natureza algorítmica dos diagramas. Esses procedimentos gravados referem-se à forma, ou, mais precisamente, à processos de morfogênese. Seu objetivo é aprimorar uma modulação entre componentes naturais, elementos físicos e o design arquitetural. Uma variação de práticas (ou protocolos), baseadas em um programa adaptável (customizável), capaz de produzir modalidades de mudança de uma topologia estrutural motivada pela performance, estão atualmente disponíveis (TEYSSOT; BERNIER-LAVIGNE, 2011). Por exemplo, referindo-se a questão do uso do algoritmo genético no design, Manuel de Landa, inspirado pelo trabalho de Deleuze, propôs a introdução de três níveis teóricos de complexidade: pensar em termos de população (não o individuo); pensar em termos de diferença de intensidade (termodinâmica e entrópica); e, por último, pensar em termos de topologia (DE LANDA, 2002). A questão abordada aqui será, portanto, para saber se (e como) o diagrama é capaz de topologizar os vários campos de design.

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Biografia do Autor

Georges Teyssot, Laval University’s School of Architecture

É Arquiteto e pesquisador, vive no Canadá. Atualmente, é professor titular na Laval University’s School of Architecture em Quebec. Sua Pesquisa e o seu ensino discutem a invenção de dispositivos espaciais, arquiteturais e tecnológicos, relacionados a habitação de sociedades industriais e pós-industriais ocidentais.

Publicado

01-07-2012