De volta a Babel

Resumo

Arquitetos, engenheiros e técnicos de diversas áreas profissionais, vimo-nos às voltas, particularmente ao longo dos anos 1980 e início dos 1990, com um largo espectro de debates e discursos, sentidos e significados, práticas e prédicas, todos provenientes da ação dos novos movimentos sociais articulados em torno da produção da moradia. Boa parte desses movimentos engajava-se na construção de uma alternativa que, politicamente, permitisse pensar outra forma de produzir a cidade e a casa. Imaginávamos que mecanismos autogestionários, aplicados na produção de projetos e obras, permitiriam a decorrente estruturação de uma modalidade de autonomia que – assim acreditávamos – deflagrariam uma vertigem de ações libertárias que extrapolariam o restrito campo do imediato atendimento a uma necessidade material: um digno lugar para o morar.