Vetores pandêmicos e a modulação algorítmica do possível

Autores

  • Danichi Hausen Mizoguchi Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Leandro Jose Carmelini Fafa Borges Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Palavras-chave:

Pandemia, Algoritmos, Modulação

Resumo

As três principais estratégias de contenção da Covid-19 – lockdowntracking e contact tracing – compartilham aquilo que parece ser a marca mais generalizável de nosso tempo: a mediação algorítmica. Em paralelo, as tecnologias do silício também avançam. Se, de fato, nunca fomos tão digitais, suspeitamos que a suspensão pandêmica atual abre vetores de convergência com as tendências tecnológicas do presente e dão pistas de que podemos ser ainda mais. O texto a seguir se divide em duas partes: 1. O rosto e a tela e 2. O corpo e a rua. Na primeira, relacionando o lockdown e os investimentos recentes do Facebook nos óculos de Realidade Virtual e Realidade Aumentada, pensamos uma tendência de intensificação da domesticidade. Na segunda, aproximando o tracking, o contact tracing e a Kinto – empresa de mobilidade urbana inteligente da Toyota – discutimos a condução algorítmica das trajetórias urbanas. Nos dois casos, seja na relação rosto-tela ou corpo-rua, o que parece estar em jogo é a modulação algorítmica do possível. 

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Biografia do Autor

Danichi Hausen Mizoguchi, Universidade Federal Fluminense - UFF

Tem graduação, mestrado e doutorado em Psicologia. Professor Adjunto do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense - UFF. Pesquisa temas como subjetividade e experiência urbana, subjetividade e microfascismos, questões transversais entre arte, clínica e política, e as modulações contemporâneas do poder.

Leandro Jose Carmelini Fafa Borges, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Tem graduação em Biologia e mestrado em Comunicação e Cultura. Desenvolve pesquisa de doutorado no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, na linha de pesquisa Mídia e Mediações Socioculturais. Seus temas de pesquisa são: cidade, transportes, algoritmos, cognição e subjetividade.

Publicado

19-12-2020