O vazio significativo do cânon

Autores

  • Ruth Verde Zein Universidade Mackenzie, São Paulo

Palavras-chave:

Arquitetura Moderna, Historiografia, Levantamento Bibliográfico, Teoria da Arquitetura

Resumo

A abordagem metodológica proposta neste artigo sugere algumas maneiras apropriadas para estabelecer a existência do cânon historiográfico da Arquitetura Moderna, considerando as obras mencionadas nas principais narrativas históricas consagradas de maneira quantitativa e qualitativa, assim como sua inserção na linha do tempo e na periodização proposta em cada uma dessas fontes. Um cânon estabelecido tende a ser um dado a priori imóvel, que desafia qualquer tentativa metodológica para sua efetiva alteração. Não basta inchar o cânon com a inserção de “novas” informações selecionadas: é necessário também questionar o núcleo da estrutura metodológica implícita do atual cânon, entendendo como, por quem e de acordo com quais narrativas, explícitas ou ocultas, de prestígio e poder geopolítico se outorga um status “canônico” a edifícios, espaços urbanos, fatos, autores, etc. As narrativas escritas consolidadas acerca da história da arquitetura moderna brasileira foram selecionadas como um primeiro estudo de caso para compreender a criação de um cânon particularmente durável e fixo. A confirmação sistemática da existência do cânon é proposta como ponto de partida para sua confirmação e para promover a possibilidade de sua mudança, contemplando os vazios significativos que ele obliquamente define.

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Biografia do Autor

Ruth Verde Zein, Universidade Mackenzie, São Paulo

É arquiteta, doutora em Arquitetura e professora de Teoria e Projeto na Universidade Mackenzie, São Paulo, Brasil. Ela tem mais de uma centena de artigos e diversos livros publicados sobre arquitetura moderna e contemporânea brasileira e latino-americana.

Publicado

20-07-2020