Sobre o arquiteto-pesquisador-militante e lições da Geografia

Autores

  • Marina Paolinelli Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Arquitetura, Geografia, Pesquisa-militante

Resumo

Este artigo busca debater, de forma ensaística, possibilidades e desafios da pesquisa-militante dentro do campo da Arquitetura e do Urbanismo, trazendo lições do campo da Geografia. Tem como pretensão pensar a práxis e o fazer acadêmico e científico, não por meio de propostas pragmáticas sobre método, mas através de uma reflexão inicial voltada para a transformação do posicionamento metodológico do arquiteto-pesquisador-militante – profissional cuja presença não é incomum nos dias de hoje. Argumenta-se que é necessário deslocar o foco da construção de um novo papel para o arquiteto, recorrente nas discussões do campo da Arquitetura, para a construção conjunta de uma arquitetura como verbo, praticada conjuntamente também por outros atores, como os movimentos sociais urbanos. Tendo por alicerce lições trazidas da Geografia, procura-se aqui traçar possibilidades para superar os desafios da pesquisa e da luta pela transformação social, buscando também delimitar as questões que permeiam especificamente a Arquitetura como campo, nessa incumbência.

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Biografia do Autor

Marina Paolinelli, Universidade Federal de Minas Gerais

É arquiteta e urbanista e Mestre em Arquitetura e Urbanismo. É pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais, onde estuda movimentos sociais, política habitacional e planejamento urbano e territorial. É integrante do grupo de pesquisa Cosmópolis e do Projeto de Cooperação Brasil-Suécia "Constelações do urbano: direito à cidade, cidadania metropolitana, movimentos urbanos e conflitos".

Publicado

20-07-2020