Corpo cine-gráfico: Proposta de Método Transdisciplinar para Cidades Corporificadas

Autores

  • Mariana Valicente Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Cintia Ramari Universidade Nacional de Brasília
  • Ethel Pinheiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Niels Albertsen Aarhus School of Architecture, Dinamarca

Palavras-chave:

Gênero, Ambiências, Espaço Urbano, Corpo, Metodologia

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar estratégias metodológicas a uma análise qualitativa apoiada na interpretação de dados quantitativos em espaços públicos urbanos, como a 'Corpografia' o fez. Incluir novas narrativas para o planejamento urbano e políticas públicas, que levem em conta perspectivas que considerem não apenas os espaços físicos, mas também os ambientes subjetivos e performances promovidas pela relação do corpo com os ambientes públicos, é um desafio para as Ciências Sociais Aplicadas, e especialmente para a pesquisa etnográfica urbana. Em um esforço para evitar as limitações decorrentes de uma abordagem tecnocrática, universalista, ou de análises reducionistas de gênero nos espaços urbanos, e direcionando-se para uma abordagem que considere o corpo político-social como uma unidade de análise, a intenção aqui proposta é levantar questões, problemáticas, e possibilidades inerentes às pesquisas dessa natureza. Portanto, este artigo tem como objetivo lançar luz sobre desafios teóricos e práticos nesse tipo de pesquisa, e destaca possíveis caminhos metodológicos a serem seguidos para preencher lacunas e construir uma análise confiável, séria, profunda e complexa de gênero nos espaços públicos sob a perspectiva das corpografias das mulheres: a coreografia dos corpos políticos atuantes nos espaços urbanos como alternativa de resistência em uma cidade excludente sob a ótica de gênero.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Valicente, Universidade Federal do Rio de Janeiro

É arquiteta e urbanista, Mestre em arquitetura e é pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Colabora com o laboratório de pesquisa LASC e trabalha como pesquisadora e educadora do patrimônio no SESC Pompeia, em São Paulo. Ela estuda gênero, apropriações urbanas, territórios educacionais, sistema de espaço livre, modos de produção do espaço contemporâneo e o direito à cidade.

Cintia Ramari, Universidade Nacional de Brasília

É bacharel em Educação Física e Mestre em Biodinâmica de Movimento e Esportes. Ela é pesquisadora da Universidade Nacional de Brasília, Brasil, onde realiza pesquisas sobre biomecânica do distúrbio de marcha em doenças neurológicas.

Ethel Pinheiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

É arquiteta e urbanista e Doutora em Arquitetura e Urbanismo. É professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e é editora-chefe da revista científica CADERNOS PROARQ. Realiza pesquisas sobre representação arquitetônica, com ênfase no planejamento e design do espaço urbano, desenho técnico e de observação e antropologia urbana.

Niels Albertsen, Aarhus School of Architecture, Dinamarca

É Mestre em Ciências Políticas e Professor Emérito na Aarhus School of Architecture, Dinamarca. Ele dedica-se ao ensino e à pesquisa desde 1975, transitando em uma interseção entre a teoria urbana e social, as teorias da arquitetura e design, a sociologia da profissão de arquiteto e a sociologia e filosofia da arte.

Publicado

20-07-2020