Popularização tecnológica e colaboração no programa Fab Lab Livre SP
Palavras-chave:
Fabricação digital, Políticas públicas, TecnopolíticaResumo
Participação social e práticas colaborativas foram a base para o desenvolvimento da política pública Fab Lab Livre SP da Prefeitura de São Paulo, que busca levar os ideais das culturas hacker e maker para as áreas de periferia da cidade, oferecendo acesso a tecnologia de ponta. Para avaliar tal política, o presente artigo utiliza a metodologia de análise de arranjos institucionais, que permite observar as dimensões de integração horizontal (intersetorialidade), de integração vertical (subsidiariedade federativa), territorial e também de participação social, tratando das três fases do ciclo de políticas públicas: formulação, implementação e monitoração. O artigo descreve a forma de funcionamento da rede municipal de laboratórios de fabricação digital e de sua relação dentro da administração pública e com a sociedade civil. Mostra como a articulação entre atores permitiu tornar o programa uma realidade e como a condução da política pública pode afetar e ser afetada por disputas de princípios que contrapõem o debate das “práticas colaborativas e solidárias” versus a lógica de mercado do “empreendedorismo individual”.