A narrativa do Museu da Cidade: Brasília inscrita na pedra

Autores

  • Eduardo Oliveira Soares Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

Brasília, Narrativa, Patrimônio

Resumo

A Praça dos Três Poderes, em Brasília, abriga o Museu da Cidade, edificação tombada local e nacionalmente. O museu-monumento foi projetado por Oscar Niemeyer em 1958 e inaugurado em 1960 com a finalidade de ser um Lugar da Memória. Seu acervo é composto de textos em escrita cuneiforme que apresentam uma narrativa sobre o processo que originou a cidade e os personagens que a viabilizaram. Por meio do contato com o seu acervo, o visitante tem acesso a uma narrativa que influencia a avaliação da sua existência enquanto indivíduo e integrante da sociedade. Assim, esse registro do passado também contribui na constituição de uma memória individual e coletiva. Objetivando a avaliação do acervo do museu – que é indissociável da sua arquitetura – o artigo está estruturado em três partes: o resgate do percurso de projetação do edifício, a reflexão sobre conceitos de narrativas e, por fim, a leitura e análise dos textos gravados nas paredes. Os painéis do Museu privilegiam a identificação do Presidente Juscelino Kubitschek como o principal nome responsável pela mudança da Capital e a inserção de Brasília em uma longa cronologia que apresenta a sua construção como fruto de um anseio da nação.

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Biografia do Autor

Eduardo Oliveira Soares, Universidade de Brasília (UnB)

É arquiteto e urbanista. Pesquisador na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de Brasília (UnB). Estuda narrativas fotográficas sobre o Campus Universitário Darcy Ribeiro.

Publicado

10-12-2017