Tecendo a cidade: a quem cabe a decisão de preservar?

Autores

Palavras-chave:

Patrimônio, Políticas de preservação, População, Exclusão

Resumo

As práticas patrimoniais são processos que alteram o tecido urbano ao escolher o que preservar e, consequentemente, o que destruir. Seus atores tecem a cidade e possuem o privilégio de escolher o que é digno de pertencer à história, à memória e à identidade de um povo. No Brasil, a atuação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em seus 80 anos, tem sido marcada pelo discurso autorizado formulado pela primeira geração de técnicos que buscava uma identidade nacional única. Em sua maioria arquitetos modernistas de ascendência portuguesa, os técnicos definiram o patrimônio nacional segundo sua genealogia e formação. Contudo, a população brasileira não é homogênea e seu multiculturalismo é excluído desse patrimônio. Este artigo busca apresentar e problematizar práticas patrimoniais excludentes em três instâncias: da escolha do patrimônio, do patrimônio em si e da cidade tombada.

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Biografia do Autor

Sandra Schmitt Soster, Universidade de São Paulo

é publicitária e arquiteta, Mestre em Arquitetura e Urbanismo, pesquisadora do Nomads.usp. Estuda o uso de meios digitais na gestão e preservação do patrimônio cultural.

Anja Pratschke, Universidade de São Paulo

é arquiteta e Doutora em Ciências da Computação, professora e pesquisadora do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e Co-coordenadora do Nomads.usp. Desenvolve e orienta pesquisas nas áreas de processos de design e comunicação em arquitetura.

Publicado

01-07-2017