Os sabiás divinam: vias do Sul Global na antropologia linguística
Palavras-chave:
Decolonialidade, Linguística teórica, Antropologia linguística, Sul GlobalResumo
O poeta Manoel de Barros dedicou grande parte de sua obra a apontar os limites do racionalismo e, por meio da poesia, propôs insurgências. Para isso, no primeiro tópico deste artigo, pretende-se teorizar sobre a colonialidade intrínseca dos estudos clássicos/hegemônicos da linguagem advindos da tradição ocidental e europeia, com seus princípios e projetos imperialistas e antropocêntricos incrustados e consubstânciais da linguística. No segundo e terceiro tópico, trata-se de alguns dos registros e propostas de abordagens insurgenciais ao longo da história da teoria linguística por meio da antropologia linguística em contato com as línguas indígenas. Abordando a desprovincialização da linguagem de seu viés eurocêntrico destacam-se os eixos de diferenciação ontológicos entre as naturezas linguísticas no Sul Global. Assim, o presente artigo tem como objetivo repensar e aprofundar as discussões antropológicas e linguísticas pelo Sul Global, usando como metodologia principal a análise qualitativa de bibliografias.