A precariedade como regra: aportes para um reposicionamento epistemológico

Autores

  • Paulo Nascimento Neto Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR

Palavras-chave:

Assentamentos precários, Precariedade urbana, Assentamentos informais, Territórios populares

Resumo

A precariedade urbana é usualmente concebida como uma categoria vinculada às externalidades do planejamento e gestão urbanos, expressa em termos de ausência de infraestruturas de suporte à vida, sejam elas de maior ou menor materialidade. A despeito do caleidoscópio de instrumentos metodológicos disponíveis, o alcance efetivo dos resultados obtidos em projetos de intervenção ainda permanece objeto de controvérsias. A narrativa hegemônica carrega consigo o risco de operacionalizar uma dominação simbólica dos territórios populares, reforçando sua condição estigmatizada. A partir desta questão norteadora, e de forma a revisitar as estruturas epistemológicas e estratégias metodológicas envolvidas, este artigo tensiona criticamente a própria dimensão ontológica da precariedade urbana. Tendo por suporte de reflexão o modelo epistemológico rizomático proposto por Deleuze e Guattari, avança-se sobre as dimensões materiais e imateriais do conceito de assentamentos precários, propondo novas bases de ação coletiva.

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Biografia do Autor

Paulo Nascimento Neto, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR

É arquiteto com Mestrado e Doutorado em Gestão Urbana. Atuou como consultor na área de Planejamento Urbano e junto ao poder público, com oito anos de exercício profissional na Prefeitura Municipal de Curitiba, PR. É editor-adjunto da revista Urbe . Revista Brasileira de Gestão Urbana e professor adjunto associado ao Programa de Pós-graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR.

Publicado

20-07-2020