Caminhar e cartografar na fronteira Chuí-Chuy

Autores

Palavras-chave:

Cartografia, Caminhada, Fronteira

Resumo

Percorremos as cidades-gêmeas Chuí e Chuy, localizadas na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, com o objetivo de construir e compartilhar informações sobre os lugares públicos encontrados nesse espaço-entre da contemporaneidade. No caso do Chuí-Chuy, uma linha reta demarca a divisão-ligação que atravessa o mapa e a vida urbana de ambas as cidades. A metodologia utilizada foi a cartografia urbana, a partir de caminhadas exploratórias ao longo da linha de fronteira, durante as quais realizamos coleta de dados através de mapas, fotografias, vídeos e entrevistas, a fim de vivenciar a fronteira na fronteira. A cartografia urbana busca acompanhar processos e modos de vida, trazendo à tona o indizível nas cidades como forma de composição de outras críticas urbanas. A caminhada utilizada como prática estética e ética visa à imersão corpórea do pesquisador no cenário caótico e complexo da cidade fronteiriça. Nesses lugares urbanos, foi possível encontrar a “hostipitalidade” derridiana, uma hospitalidade-hostil, do acolhimento submetido a condicionamentos. Caminhar e cartografar são encontros na direção contrária; um escrever a cidade que permite uma revolução, uma possibilidade de criação como insurreição do devir nesse entre-lugar-linha de fronteira. A informação obtida nos faz questionar sobre a responsabilidade política, social e ética do arquiteto e urbanista no desvendamento dos acontecimentos menores e à margem.

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Biografia do Autor

Eduardo Rocha, Universidade Federal de Pelotas

é Arquiteto e Urbanista e Doutor em Arquitetura. É professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas, e pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da mesma universidade, onde coordena o grupo de pesquisa "Cidade+Contemporaneidade". Pesquisa modos de vida na contemporaneidade, cartografias urbanas e sociais, caminhar e ativação de espaços públicos.

Lorena Resende, Universidade Federal de Pelotas

é Arquiteta e Urbanista e Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase nas Cidades de Fronteira, e Planejamento e Projeto. É Professora substituta na Universidade Federal do Rio Grande, na área de expressão gráfica. Colabora no desenvolvimento de projetos de pesquisa, ensino e extensão junto ao LabUrb e ao Labcom, da Universidade Federal de Pelotas.

Luana Detoni, Universidade Federal de Pelotas

é Arquiteta e Urbanista, Mestre em Arquitetura e Urbanismo, e professora na Faculdade Anhanguera de Pelotas. É membro dos grupos de pesquisa Cidade+Contemporaneidade e Estudos de Urbanismo Contemporâneo. Desenvolve projetos de pesquisa, ensino e extensão junto ao LabUrbe, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas.

Taís dos Santos, Universidade Federal de Pelotas

é Arquiteta e Urbanista e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas. É membro do grupo de pesquisa Cidade+Contemporaneidade, no qual estuda teoria da Arquitetura e Urbanismo contemporâneos.

Vanessa Forneck, Universidade Federal de Pelotas

é Arquiteta e Urbanista e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas. Participa do Projeto de Ensino vinculado ao Núcleo de Estudo de Arquitetura Brasileira na mesma universidade. Desenvolve projetos de pesquisa, ensino e extensão junto ao Laboratório de Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas.

Publicado

13-12-2019