A interculturalidade da Lavagem do Bonfim da Bahia

Autores

  • Atílio José Avancini Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Cultura, Memória, Vida urbana, Festa popular, Cotidiano

Resumo

A Lavagem do Bonfim é uma festa popular originária de tradição colonial. O objetivo deste artigo é discutir as questões culturais envolvidas na dinâmica da maior festa religiosa da Bahia, que ocorre anualmente, desde 1755, na cidade de Salvador, Brasil. Essa interculturalidade enquadra-se nas relações com o contexto latino-americano, fruto do amálgama entre o cristianismo e as religiões africanas. A pesquisa aborda o tema de forma crítica com base na “sintaxe do cortejo”, de Louis Marin, significando a força histórica de coesão e resistência. Explica-se a existência, por séculos e séculos, dessa festa pela devoção, marcada pelas religiões de matrizes africanas e vista como símbolo da luta diária pela sobrevivência da gente brasileira. Incorporar os negros como cidadãos brasileiros é a dívida histórica a ser conquistada.

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Biografia do Autor

Atílio José Avancini, Universidade de São Paulo

É formado em Engenharia Civil e é mestre, doutor e livre docente em Ciências da Comunicação. Atualmente é professor associado da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, atuando junto ao Departamento de Jornalismo e Editoração, e é membro permanente do programa de pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais. Seus principais temas de pesquisa incluem comunicação, informação, artes, fotografia e cinema, estudos culturais.

Publicado

17-07-2021