Além da representação: possibilidades das novas mídias na arquitetura

Autores

  • Ana Paula Baltazar

Palavras-chave:

representação, arquitetura, novas mídias, interatividade, interface

Resumo

Este artigo começa por uma leitura da representação no contexto da arquitetura distinguindo entre representação na arquitetura (arquitetura que representa significados) e representação da arquitetura (concepção do projeto separado do trabalho de construção e do uso). Em seguida mostra como o paradigma perspectívico, fundado no Renascimento, foi sendo consolidado na era moderna, consolidando também a prevalência do espaço concebido sobre o espaço vivido. Com a cultura informacional espera-se a superação do paradigma perspectívico, que não acontece por não haver mudança no modo de produção capitalista do espaço. Ou seja, ainda que fosse possível reverter a perda de dimensões advinda com a representação, a mudança de paradigma só aconteceria se houvesse uma mudança radical no modo de produção. Assim, a promessa de superação do paradigma perspectívico com o paradigma informacional é discutida a partir de três tendências atuais do uso de computadores na arquitetura, enfocando a predominância da lógica da representação em detrimento de um real desenvolvimento do processo de produção da arquitetura que enfatize o espaço vivido sobre o concebido. O artigo conclui apontando a possibilidade da arquitetura como interface superar o paradigma perspectívico, mudando o foco da representação para a interatividade.

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Biografia do Autor

Ana Paula Baltazar

É Doutora em Arquitetura e Ambientes Virtuais, Professora Adjunta da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do grupo Morar de Outras Maneiras (MOM_UFMG) e do Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica (Lagear_UFMG).

Publicado

10-12-2012