O processo de padronização de projetos de edifícios de apartamentos: notas sobre mercado, financiamento e arquitetura

Autores

  • Felipe Anitelli Universidade de São Paulo (USP)
  • Marcelo Tramontano Universidade de São Paulo (USP)

Resumo

O objetivo do artigo é associar certas normas de financiamento do BNH aos projetos de edifícios de apartamentos paulistanos construídos com seu aporte financeiro. No período de atuação do BNH – 1964 a 1986 -, os promotores imobiliários da cidade associavam possibilidades projetuais propostas em seus empreendimentos aos condicionantes legislativos impostos pelo Banco. Eram normas técnicas, resoluções, instruções, manuais, etc., que determinavam como deveriam ser as características gerais do edifício. Como resultado, essa ação contribuiu decisivamente para a padronização de soluções espaciais dos apartamentos. O artigo, por fim, também identifica alguns dos interesses dos promotores imobiliários, do BNH, e dos próprios arquitetos que, de alguma maneira, participavam desse sistema de financiamento público de habitações.

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Biografia do Autor

Felipe Anitelli, Universidade de São Paulo (USP)

É arquiteto e Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Pesquisador do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) - Brasil, e do grupo de pesquisa Nomads.usp - núcleo de estudos de habitares interativos. Estuda as repercussões de características do desenho do edifício de apartamentos paulistano em projetos empreendidos no Brasil.

Marcelo Tramontano, Universidade de São Paulo (USP)

É arquiteto, Doutor e Livre-docente em Arquitetura. Professor Associado da Universidade de São Paulo (USP) - Brasil. Coordenador do grupo de pesquisa Nomads.usp. Estuda a informatização do cotidiano nas escalas do corpo (computação vestível), do objeto (mobiliário com mídias integradas), da edificação (o edifício como interface de comunicação) e da cidade (fragmentos urbanos informatizados).

Publicado

01-07-2011