Museus nunca foram (tão) digitais
Palavras-chave:
Museu, Exposição, Projeto expográfico, Digital, InternetResumo
O interesse por atividades remotas durante o isolamento social, ocasionado pela disseminação do coronavírus, colocou à prova as experiências digitais proporcionadas por museus e outras instituições culturais para a difusão de seu patrimônio histórico e cultural. Em uma mudança repentina, essas experiências passaram a ser a principal forma que estas instituições dispunham para tal tarefa. Diferentes modelos de exposição de seus conteúdos culturais foram difundidos como catálogos digitais, passeios virtuais, vídeos 360º, galerias de vídeos e imagens, entre outros. Entretanto, a oferta da produção artística no formato digital por parte dos museus não atendeu ao anseio de um público essencialmente digital. O interesse demonstrado no início da pandemia se sustentou por apenas duas semanas e retornou a patamares pré-pandêmicos. Este artigo busca identificar fatores que possam ter contribuído para esse desinteresse por estas experiências digitais ofertadas, tecendo relações entre elas, as práticas análogas adotadas por instituições culturais para seus espaços expositivos físicos e características específicas do espaço digital. Busca-se, assim, estimular reflexões acerca destas experiências, de forma a nortear o seu desenvolvimento perante este novo contexto.