Museus nunca foram (tão) digitais

Autores

  • Renato Silva de Almeida Prado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Museu, Exposição, Projeto expográfico, Digital, Internet

Resumo

O interesse por atividades remotas durante o isolamento social, ocasionado pela disseminação do coronavírus, colocou à prova as experiências digitais proporcionadas por museus e outras instituições culturais para a difusão de seu patrimônio histórico e cultural. Em uma mudança repentina, essas experiências passaram a ser a principal forma que estas instituições dispunham para tal tarefa. Diferentes modelos de exposição de seus conteúdos culturais foram difundidos como catálogos digitais, passeios virtuais, vídeos 360º, galerias de vídeos e imagens, entre outros. Entretanto, a oferta da produção artística no formato digital por parte dos museus não atendeu ao anseio de um público essencialmente digital. O interesse demonstrado no início da pandemia se sustentou por apenas duas semanas e retornou a patamares pré-pandêmicos. Este artigo busca identificar fatores que possam ter contribuído para esse desinteresse por estas experiências digitais ofertadas, tecendo relações entre elas, as práticas análogas adotadas por instituições culturais para seus espaços expositivos físicos e características específicas do espaço digital. Busca-se, assim, estimular reflexões acerca destas experiências, de forma a nortear o seu desenvolvimento perante este novo contexto.

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Biografia do Autor

Renato Silva de Almeida Prado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

É arquiteto e mestre em Comunicação e Semiótica, e doutorando no Programa de Pós-graduação em Arquitetura, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Pesquisa interação e engajamento dos públicos visitantes de espaços expositivos digitais e híbridos — físico e digital. Atualmente, integra o grupo Estéticas e Memórias do Século 21, na FAU-USP. Projetou a interface digital de diversos acervos, como também aplicativos, instalações, websites e sistemas para instituições e espaços expositivos.

Publicado

19-12-2020