Abordando vivências participativas de bioconstrução
Palavras-chave:
Participação, Pesquisa-ação participativa, Vivência de bioconstrução, Discurso do Sujeito Coletivo, Leitura da paisagemResumo
A partir do estudo de três vivências de bioconstrução realizadas de forma participativa, nas cidades paulistas de Bauru e Campinas, no período de 2009 a 2017, e caracterizadas em três escalas urbanas (lote, bairro e cidade), três tipos de organização social (associação ou agrupamento ativo, empresa ou escola e bairro popular ou comunidade rural) e diferentes graus de participação, o presente artigo visa obter a leitura da paisagem dessas vivências aplicando-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para a coleta de entrevistas e tratamento dos dados. Utilizou-se a Pesquisa-ação Participativa (PAP) como metodologia para a realização das vivências que abordaram processos contemporâneos de construção coletiva de conhecimento através de resolução de problemas coletivos de forma participativa, derivando em reuniões, discussões e um plano de ação concretizado colaborativamente utilizando técnicas de permacultura e bioconstrução, evidenciando a importância de “parti.cipar+co.laborar” para a reflexão e conscientização sobre a questão ambiental e coletiva. Os resultados foram apresentados a partir de quadros-síntese com as idéias centrais do DSC revelando a leitura da paisagem das vivências através da perspectiva do conjunto de seus participantes (atores do processo) e indicando que a forma de coleta e tratamento de dados que o emprego do DSC propõe é importante não só para avaliação, mas para a geração de dados sobre ações participativas e colaborativas.