Um diálogo pós-humano entre Michel Foucault e Bruno Latour
Palavras-chave:
Subjetividade pós-humana, Dispositivo, Ator-redeResumo
Considerando as transformações causadas pela pandemia do coronavírus, e como o risco da Covid-19 evidenciou a agência de não-humanos sobre a vida humana, o tema “Nunca fomos tão digitais”, que fundamenta essa edição da revista V!RUS, nos proporciona um espaço para apresentar o presente artigo. Este propõe uma aproximação entre conceitos de Michel Foucault e Bruno Latour, como meio de formar um aporte teórico capaz de abordar as subjetividades pós-humanas, mais especificamente o ciborgue. Mecanismos para entender o pós-humano são fundamentais para se refletir acerca da relação entre humanos e não-humanos em meio à pandemia. Além de discorrer brevemente pelos conceitos de ambos os autores, que se complementam uns aos outros, uma análise exploratória é apresentada para exemplificar a riqueza do diálogo entre os dois filósofos, para abordarmos o papel dos não-humanos na constituição de um sujeito pós-humano.