Impactos do espraiamento urbano na emissão de CO2: a Região Metropolitana de Goiânia
Palabras clave:
Deslocamentos pendulares, espraiamento urbano, emissão de poluentesResumen
O crescimento das Regiões Metropolitanas brasileiras não tem acontecido de forma sustentável. Essas regiões são caracterizadas pela dicotomia centro-periferia em que a intensa conurbação e dependência entre seus municípios aumentam a quantidade de deslocamentos pendulares intermunicipais. Tais deslocamentos, que são realizados principalmente por veículos motorizados individuais, contribuem para a manutenção da expansão urbana e da emissão da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. A pesquisa na qual se baseia este artigo tem o objetivo de identificar a emissão de CO2 proveniente dos deslocamentos pendulares provocados pelo espraiamento urbano entre Goiânia e Senador Canedo. A partir de um procedimento que envolve análise quantitativa e cenários, compara-se a situação atual com dois cenários mais favoráveis em relação à emissão de CO2, nos quais há transferência de deslocamentos entre modos de transporte e aumento do fator de ocupação nos veículos. Os resultados constataram elevada emissão de CO2 na Situação Atual e significante redução dessa emissão para os Cenários Propostos. A metodologia mostrou-se adequada para registro e identificação do processo investigado, e pode contribuir para uma melhor compreensão das transformações no espaço urbano relacionadas às ações dos diversos atores que continuamente tecem a cidade.